O nosso email projectcyrano@gmail.com / A marca Projecto Cyrano está registada no INPI desde Dezembro de 2010.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Peça

um desejo. Mas peça muitos objectivos, pois estes últimos são mais fáceis de concretizar. Para qualquer coisa, até mesmo um desabafo amigo, o Projecto Cyrano estará aqui. Para registar a sua história ou simplesmente para a ouvir. Ninguém está esquecido. Sabemos das pessoas que nos pediram ajuda e não as abandonaremos. Sem falsas bondades, sem objectivos comerciais. É esta a lógica desta empresa e sempre será, mesmo que isso faça atiçar os desconfiados ou activar os que não conhecem o significado do conceito de estar em sociedade. Lamentamos, não estamos aqui para evitar as polémicas do costume, apenas para as ignorar, com os olhos postos naquilo em que ACREDITAMOS.


Aqui estamos na rádio, sem falsidades ou artifícios: entrevista.

*A entrevista connosco, a dez minutos do fim.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Estás aí?

A vida, nas suas tragédias e perplexidades, tem destas bandas sonoras. É fácil imaginarmos o nosso filme a passar-nos à frente dos olhos, a provar-nos que estar aqui é muito mais do que vários instantes somados. Somos uma longa metragem ininterrupta e rápida, insana e brutal, cheia de momentos sublimes, assustadores, mágicos, intensos, desvairados. Como uma chapada seguida do abraço de paz. A ira antes da reconciliação. A morte depois da vida. A vida depois da morte. Aquele preciso frame em que tombamos de conhecimento, deixando na raiz da árvore um pouco de nós.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

E de romances, gosta?

(...)"Sofia levantou-se e correu para casa. Tinha desistido das suas intenções. Não conseguia parar de tremer e a vela que levava para alumiar o caminho, tinha-se apagado. Pelo ar ecoavam uivos dos lobos da serra, miados de gato e o arrepiar das gotas de orvalho que se desprendiam dos beirais, caindo nas placas de zinco. Para onde olhasse, só via sombras. Por momentos, julgou ouvir um tilintar metálico. Parou, com o coração a rufar como um tambor e os ouvidos magoados do silêncio. Correu o mais veloz que pôde, entrou em casa pela porta da frente, que dava para o recinto da feira, descampado e solitário, virado para o campo agora sem vegetação, subiu as escadas a galope e entrou no quarto. Não acendeu a luz, atirou-se para a cama e aconchegou-se no quente das irmãs. Amélia murmurou qualquer coisa e virou-se. Matilde não estava lá. Enervada até ao limite do enjoo, voltou a levantar-se e procurou-a pela casa. Viu-a de costas, no terraço. Parecia uma aparição, com a camisa de noite branca a esvoaçar e um emaranhado de cabelos ao vento. Ficou, por momentos, a contemplá-la, sem saber o que fazer. Como uma luz pousada no nada, a rapariga parecia murmurar, bruxulear,  tornar-se mancha branca intocável, agitar-se, sem, contudo, tirar, uma única vez os pés da madeira comida pelos bichos" (...). 


A nós, viram-nos o coração do avesso. 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Feliz é uma palavra real

Os Meus Pensamentos são Todos Sensações  

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema IX"
Heterónimo de Fernando Pessoa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Equações

Na vida, vamos somando desapontamentos e alegrias. A equação para determinar o equilíbrio não é linear. É muito mais do que contabilizar se foram mais as pessoas que nos desiludiram ou se as que nos surpreenderam. Estas contas fazem-se tentando perceber o que somamos à nossa vida quando alguém nos faz mal e se aquilo que subtraímos valia realmente a pena. Portanto, quando alguém lhe mostra uma faceta que enegrece tudo o resto, não vale a pena lamentar-se. Vire a geometria toda para o lado de onde entra o sol.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Podia ser um poema sobre o Facebook

A Verdade (Carlos Drummond de Andrade)

A porta da verdade estava aberta,
Mas só deixava passar
Meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil de meia verdade,
E a sua segunda metade
Voltava igualmente com meios perfis
E os meios perfis não coincidiam verdade...
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta,
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual
a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela
E carecia optar.
Cada um optou conforme
Seu capricho,
sua ilusão,
sua miopia.


*Podia, mas não é.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mentira

 
Ilustração de Rafael Anderson




E se por um dia tivéssemos de dizer todas as verdades? O que resistiria? Se calhar, pouca coisa. Pouca, mas incomparavelmente sólida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É uma árvore de Natal

não é? E das mais lindas!

Protecção

Infância, colo, lençóis de flanela, a voz da mãe, livros de aventura, banda desenhada, panelas ao lume, os nossos pratos preferidos, lareira, amor. O mundo era tão mundo nessa altura, não era?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Outros projectos


(...)"O telefone tocou. Pareceu-lhe ter tocado. Palpou-o entre a névoa em cima do sofá cheio de lixo, aquele sofá que estava sempre limpo imaculado e agora desaparecia debaixo de baba humana e nódoas de bebida. Não atendeu o telefone, o número era-lhe vagamente familiar, terminava em 65 como o que, desde há uns tempos, lhe ligava insistentemente todos os dias, a várias horas. Despertou às 6h00 e ficou imóvel a olhar o tecto, à espera do preciso segundo em que a memória lhe reavivasse a angústia. O gelo que se pousaria no peito, como um peso de toneladas, era a única coisa que os seus sentidos lhe permitiam para se assegurar que ainda estava vivo. Estaria? Nas poucas horas em que lhe era possível apagar a mente, em sonhos realistas em que se julgava ainda como antes, conseguia um pouco de paz ilusória, tão breve que duraria apenas o suficiente até as frinchas da persiana deixarem entrar os primeiros sinais de luz. Tinha a boca seca como papel de celofane, não conseguia discernir que parte do corpo lhe doía, nem que membro havia de mover primeiro antes de chegar a torrente de lágrimas que o afogava vivo em cima dos lençóis sujos de outras lágrimas (...).

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Porque os outros se vendem e tu não

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

                      Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E para quem gosta de música

Uma obra- prima.

Metade de mim é amor e a outra metade...

Metade
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
 


Porque metade de mim é o que eu grito, mas outra metade é silêncio…
 

Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
 

Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, Apenas respeitadas como única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.

Porque metade de mim é o que ouço, mas outra metade é o que calo.
 

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço.
Que essa tensão que me ocorre por dentro seja um dia recompensada.
 

Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
 

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto o doce sorriso que eu lembro de ter dado na infância.
 

Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.
 

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
 

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
 

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
E que ninguém tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
 

Porque metade de mim é a plateia e a outra metade a canção.
 

E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade… também.


(Oswaldo Montenegro)  



*Todas as palavras dos textos com cores diferentes, têm uma música linkada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Algo está errado, se o seu desejo é que o tempo se escoe

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

                      Mário de Sá-Carneiro

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem conta um conto

faz alguém feliz. Faz alguém sonhar. Faz alguém crescer, mas manter-se sempre criança. Faz viajar sem tirar os pés no chão, pintar mundos inteiros, moldar rostos e gestos, cheirar flores que não existem e sentir o toque imaginado do sol na pele. Quem conta um conto, ama.



Limãozinho

Conto para under 5

"(...)Tinha umas asas transparentes, bordadas com um fio amarelo, sorriso trocista, cabelo encarapinhado como um cacho de uvas douradas A Limãozinho acabara de acordar, bocejando com os braços esticados para o céu. Era uma menina linda, embora um pouco amarga, como se pode compreender. Vivia numa imensa terra cheia de árvores de fruto, mas tinha o sonho de visitar o País do Açúcar, onde os habitantes nunca a tinham deixado entrar. Todos os frutos eram, afinal, doces como o mel, mas os limõezinhos não. Eram todos ácidos. Muito ácidos. Até picavam na língua. Os limões eram mesmo muitos e não se davam com os outros frutos. Mas eram todos muito amigos entre eles, a menina- limão, os seus seis irmãozinhos, bem como os muitos habitantes dos outros limoeiros que se estendiam pelo verde fora quase a tocar o fim destas páginas" (...).

Todos os dias

gostamos de o deixar com a melhor música. Hoje não é excepção. A nossa mensagem de hoje? Nenhuma. Só uma pergunta: "Gostava que alguém lhe pousasse a mão no ombro e lhe dissesse que vai ficar tudo bem?".



Vai mesmo.

Estamos a preparar um novo serviço para si. Entretanto conheça aqueles que já lhe disponibilizamos AQUI e veja um dos contos infantis personalizados AQUI. Ofereça prendas que duram para sempre. Desafie-nos já a pensar em 2011.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Se o frio vier de dentro

dance, cante, acenda uma lareira, aninhe-se, chore, ria, dê chutos em pedras, abrace alguém, aqueça-se.

Palavras disparadas contra o peito


Estas pessoas já foram como nós. Amanhã. Amanhã seria um bom dia para lutar pelo seu País, com as armas que tiver. Pacíficas, mas poderosas. Não faz mal ter princípios. Não faz mal nenhum usar a palavra para tomar posições em nome do bem comum. Mesmo que nos ameacem. Mesmo que nos critiquem. O que faz mal é ter medo. Virar as costas. Fechar os olhos. Fazer de conta que tudo se resolverá por si só. Lembra-se da revolução da Maria da Fonte? Sabe porque é que os portugueses lutavam nessa altura? Como foi que chegámos ao ponto de não protestar por coisa nenhuma? De olharmos quem passa fome, com indiferença? O que foi que nos aconteceu?



"Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa...".


Sophia de Mello Breyner

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tenha cuidado com a ira

Porque ela pode doer a outros

Quando, num dia, uma só coisa nos basta


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.



Fernando Pessoa

Para onde quer que vá

não o faça sozinho.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Prendas eternas

Talvez não saiba ainda o que fazemos. Talvez ainda não tenha pensado que está ao seu alcance. Tem alguém na sua vida que gostaria de homenagear? A quem gostaria de ver feliz? Quer que alguém ponha os seus pensamentos em papel? Estamos aqui para isso. Pertinho de si. Damos-lhe tempo. Eternidade. Ofereça um livro de poemas ao seu avô, ao seu pai, ao seu filho. Uma biografia, o relato de um certo período da sua vida, a forma como venceu uma doença. Ofereça-lhe um vídeo sobre ele para o mimar, com filmagens aos locais que nos indicar, fotografias do seu percurso, entrevistas a amigos e familiares. A verdade é que se a palavra, as acções, os sorrisos têm o poder de mudar a vida de alguém, o Projecto Cyrano tem os meios para lhe oferecer esse serviço. Nada mais somos do que aquilo que deixamos no mundo. Dar um presente destes é um combate travado contra a pressa, contra o efémero, contra o imediato. É fazer a diferença. Dar um pouco dos seus a outras gerações. E isso é impagável. Vale mais do que todas as ofertas materiais de uma vida.

O Cyrano tem profissionais de escrita, jornalismo e imagem ao seu dispor. Antes de pensar "não posso", pergunte-nos os preços, marque uma data e planeie o presente que quer dar a médio prazo. Veja tudo o que lhe oferecemos clicando AQUI

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Música, escrita, sonhos, amor

Plena mulher, maçã carnal, lua quente, espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas pernas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo nocturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.
 
Pablo Neruda

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Há coisas que nos inspiram a ser melhores

Pode ser uma música, uma pessoa, um gesto. Pode ser um quadro, uma pintura, um livro ou um poema. Há dois caminhos para nos reencontrarmos connosco e agarrarmos o fio do novelo que nos guia pelo desconhecido: a arte e a Natureza. Se duvida, ouça ISTO  enquanto lê isto:


Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
 
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples facto de respirar. 
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


*Este poema faz-me lembrar um mail falsamente atribuído a Gabriel Garcia Marquez, que corre mundo e é citado como se fosse dele. Com este sucedeu o mesmo. O Projecto Cyrano encontrou-o hoje num site de poemas e publicou-o, julgando tratar-se de uma reflexão, embora reconhecendo que o estilo não se assemelha muito aos poemas de Neruda. É a curiosidade que nos move, portanto pesquisámos e confirmámos o que a nossa intuição nos dizia. Este texto não é dele. Deixamo-lo ficar na página, porque nos serve à música e ao que queríamos transmitir hoje.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Algumas histórias só são bonitas no fim

"Enquanto a maioria se dedicava a brincar a jogos agitados, às apanhadas, ao elástico ou à bola, a menina passava o tempo todo sentada numa mesinha a pintar desenhos incompreensíveis, com muitas cores. Depois abria várias caixas de missangas, virava-as e revirava-as, escolhendo o formato certo, a continha mais redonda, o enfeite perfeito. Colava-as nos desenhos, em filas, dava-lhes voltas em arco, desenhava flores e figuras com elas, num trabalho de entrega total. E ficava em silêncio, envolta numa névoa de luz opaca,  que lhe fazia esquecer, por momentos, a solidão". 


*Do conto "Alicia, a menina- corcunda". 






A ensinar a tolerância.


Já encomendou um conto infantil exclusivo para as crianças da sua família?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Para si

Saiba em que podemos ajudá-lo. Conheça quase tudo o que fazemos, desafie-nos e acrescente-lhe ainda o serviço de vídeo artístico, jornalístico ou formal, para todos os eventos que desejar.


À sua escolha, para oferecer ou para guardar: CLIQUE AQUI

Amor e uma casa

Amor como em Casa
 
Regresso devagar ao teu
sorriso 

como quem volta a casa. 
Faço de conta que
não é nada comigo. 

Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. 

Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, 

entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Também há dias para chorar

Hoje é um deles. É o dia de fechar a mão e guardar o tesouro que alguém nos deixou. A sua marca aqui. Porque há quem parta cedo demais e se vá embora, de asas abertas, deixando um rasto de luz sobre este planeta minúsculo que nos serve de casa. Uma cúpula batida pelo sol da manhã, ainda sem queimar, mas vivo o suficiente para nos despertar os olhos da escuridão. Por cada coração tocado, por cada lágrima que fez despontar, por cada vez que nos fez querer ser pessoas melhores, por cada segundo do nosso tempo que lhe oferecemos em oração ou em solidariedade, um obrigada. Ou um obrigado. A estrela está pousada na palma da nossa mão. Com o seu brilho contínuo a iluminar-nos os rostos fechados, a chamar mais lágrimas para que nos limpemos por dentro, esvaziando-nos de comoções e dores. Há que cuidar dela, sem esquecermos que ali está sempre. Cuidar deste e de outros seres luminosos. Como a estrela imaginária que dorme todos os dias na almofada dos nossos filhos, que os guarda noite dentro, lhes adoça os sonhos e lhes sopra coisas boas ao ouvido, quem sabe tornando-os nos heróis de amanhã. Nos heróis de alguém. Que este mundo bem precisa de pessoas boas e sólidas. De pessoas que nos façam ter esperança, mesmo quando a sua viagem terrena parece acabar mal. Há quem, com pouco mais de uma mão cheia de anos nos dê verdadeiras lições de resiliência, de humildade e de coragem. Com meia dúzia de anos vividos, mudam qualquer coisa no mundo. Há quem se vá embora, ainda pequenino, deixando muito mais do que outros que vivem a vida toda entre a trincheira e a arma inimiga. Aqueles que nunca terão a coragem de fazer mais do que aquilo a que a sua própria sobrevivência obriga.



UM RAIO DE LUZ

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma ponte para a liberdade

A escolha é sua
Na vida, há poucos problemas que não conseguimos solucionar. Quase só aqueles que tentamos ignorar, julgando que se volatilizam e se somem sozinhos, como se nunca tivessem existido. Mas eles estão ali, pacientes, à nossa espera. Apessoam-se, crescem, engolem energia nas fraquezas e infiltram-se nas  fragilidades, transformando pequenas feridas em fracturas expostas. Por preguiça, por inércia, por orgulho, vamos somando pesos desnecessários à nossa caminhada, transformando pequenos seixos  de beira- rio em rochas porosas, gigantes, escarpadas, prontas a ruírem a qualquer momento sobre nós, enquanto julgamos ter-nos livrado, à força da nossa indiferença, de tudo aquilo que nos dói. E quando se dá a ruína, aquilo que eram  inicialmente só pequenos desconfortos, passam a ser doenças. Doenças cuja cura representa um percurso ainda mais doloroso, uma ida ao fundo de nós mesmos, o resgate de todas as dores somadas. Dores que passam a monstros.  Seres com vida própria que nos privam do bem- estar, que nos enchem a cabeça de gelo e nos transformam o nó do esterno num icebergue à deriva, para cima e para baixo, da garganta ao peito, num vai- vem constante e terrífico. Não tenhamos ilusões. Estes problemas- penhasco roubam as alegrias, relativizam as conquistas e sugam-nos a vitalidade, pouco a pouco, com uma voracidade parasitária e paciente. Até que damos por nós sem noção do tempo. A perder o ritmo. A não conseguir ouvir a areia que se escoa lentamente na ampulheta. A ser mais máquina, menos gente. A ligar o piloto- automático em vez de sorrir. A cegar para as coisas boas. 
É mais fácil começar a mudar, pedrinha a pedrinha, toda a paisagem. Por mais minúscula.Escrever aquela carta ao familiar de quem já desistiu. Tentar perceber o que está por trás do mau- humor constante do seu companheiro de vida. Saber que papel ocupar na sua família alargada. Desatar mais nós, em vez de os cerrar. Não ceder à crítica fácil. Falar. Desabafar. Limpar. Arrumar. Perdoar. Perdoar, muitas vezes. Perdoar mais uma e outra vez  A sogra, o sogro, o tio, o colega de trabalho. Entender. Tolerar. Meter o orgulho no lixo, mas guardar a honra. Relativizar aquela má palavra, aquele desaforo ou aquilo que tomamos como um desrespeito ou uma desconsideração. Porque há sempre qualquer coisa por dizer na origem destas reacções. Coisas de gente. Dê a mão a quem quer bem ou a quem não pode evitar porque faz parte da sua vida. E desista, de uma vez por todas, de quem e daquilo que lhe faz mal. Não arraste pesos- mortos, pois o seu corpo, um dia, acusará o desgaste. Água mole. Erosão desnecessária Use a palavra para se libertar. E medite com vagar sobre tudo aquilo que leu. Com muito vagar. A palavra é uma ponte para a liberdade, sabia? 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tem a coragem

necessária para nos desvendar qual o seu maior tesouro? Duvidamos que perca o seu tempo a pensar nisso.

Mais um fim-de-semana

de chuva, que não tem, necessariamente, de ser TRISTE. Muito pelo contrário. Comece já a sonhar com a noite de Natal. Os doces. As músicas. As prendas. Os sorrisos. O frio. A lareira acesa. Os abraços. Se quiser oferecer emoções, estamos AQUI. Somos da opinião de que mais vale A prenda do que muitas prendas que amanhã serão nada.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mel desses olhos luz

TREM DAS CORES


A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial

Caetano Veloso

Para tudo na vida


É preciso fé. Em nós, nos outros, na estranha e grandiosa capacidade de as coisas más se transformarem em renovações. Quem sabe esta sala chamada Portugal que agora parece confinada a mofo e suor, se transforma naquele espaço por onde toda a luz do Universo vai entrar? Também está nas nossas mãos empreender. Provar aos outros e a nós em particular que todos vamos melhorar como seres humanos. E agarrar de uma vez aquele balão que, durante anos, andou a fugir-nos das mãos. Prosperar como indivíduos é algo que nenhuma entidade pode fazer por nós. Trabalhe, sorria, ponha os olhos em quem precisa de si e estenda-lhes a mão, sejam vizinhos amigos, desconhecidos, moribundos ou mendigos. A História há-de transformar este pesadelo em algo memorável.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Natal

Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.
Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.
Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.
 

Manuel Alegre



* Temos trabalhado a um ritmo alucinante para lhe poder fazer uma surpresa. Pode ainda encomendar mais um conto infantil para oferecer no Natal.  Seja o primeiro!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não se perca

Clique AQUI para recordar os nossos serviços e contacte-nos através do mail projectcyrano@gmail.com. Não se esqueça que acrescentámos à nossa lista de ofertas o serviço vídeo artístico ou formal para homenagens, biografias e cobertura de eventos (casamentos, baptizados e outros de cariz institucional). 

Tem a certeza


de que não há beleza no tempo frio?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Temos tanta pressa

Mas para onde queremos ir? Há quanto tempo não ouvimos os nossos apelos interiores? Aquela voz que já não escutamos porque andamos sempre a correr para lado algum, mesmo quanto estamos parados no sofá, a branquear a nossa mente olhando para algum programa televisivo deprimente? À espera do amanhã, do depois de amanhã, à espera da vida ideal, do fim-de-semana seguinte, das sextas- feiras à tarde, da estabilidade financeira, da igualdade material. Do dia em que teremos a nossa casa e o nosso cão, as nossas férias anuais e o nosso almoço de Domingo no restaurante? Há quanto tempo não se senta num jardim, sozinho, a ver as folhas cair? A descascar uma romã? A adivinhar para onde vai aquele casal de ar feliz? A ouvir o sussurro da água corrente. Quando foi a última vez que esteve despreocupado? Que não teve medo? Que chorou com uma música? Que falou com uma planta? Que apreciou com vagar a sua cama feita de lavado, as cores da salada, o cheiro de um prato de infância. Para onde quer ir? Porque não fica aqui, apenas neste dia presente, neste minuto preciso em que lê estas palavras? Vai para algum lado? Porque não se aquieta em vez de se inquietar? Porque não faz, durante este dia, coisas que o façam sentir-se bem? Falar com um amigo ausente, resolver um problema pendente, correr junto da Natureza até ensopar o seu fato de treino com o stress dos dias? Porque não chora alto? Porque não diz o que lhe vai na alma? Porque não abre as janelas da sua casa? Há quanto tempo não passa um dia sem se lembrar de dinheiro, de contas, de afazeres que adia? Por mais que nos organizemos, na rectidão obsessiva da nossa agenda e das nossas rotinas, nada na nossa cabeça anda organizado. Há excesso de informação, de estímulos, de coisas. De objectivos que teimamos em perseguir sem que saibamos se eles nos trarão serenidade. Há mágoas por resolver, lixo emocional.  Quando nos obrigaremos a parar? A cultivar as nossas amizades, em espírito de entrega, sem querer a admiração do mundo inteiro? Diga-nos sinceramente: há quanto tempo não respira? Há quanto tempo não perdoa? Desde quando passou a sentir esse nó na garganta, esse peso no peito, essas intermináveis dores de cabeça? Para onde quer ir, realmente, a não ser ao fundo de si mesmo?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Encantamentos

Nada nos encanta mais do que a palavra. A palavra chorada, inventada, doída, a palavra feliz, entusiasmada, sentida. Dita, escrita, ordenada ou inspirada para que se transforme em beleza e criação. Todos somos feitos de palavras, as nossas pontes seguras para entendermos o mundo e o transformarmos. Por elas também nos perdemos e enganamos. Mas a palavra tem poder e magia. É através dela que se ama e se diz adeus na despedida. É com ela que dizemos amo-te e não te quero mais. A palavra cura. Na música, nos poemas, no som do apelo meu filho com que nos chama a nossa mãe. A palavra faz-nos ser. Dá-nos colo, se lhe reconhecermos a voz e a cadência, a suavidade e o cheiro.  Eterniza-nos. Conta-nos a história de outros sobreviventes antes de nós. Seduz-nos e inspira-nos a ser melhores. Com ela se embriagam multidões. Também podem enganar tolos, impulsionar ideias, aproximar inimigos, consolidar amores e desamores. O Projecto Cyrano regista-a no papel e trá-la à vida. Fá-la sua. A sua história. O seu tesouro.  

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Inspire-se

Pediram-nos que fizéssemos um especial/reportagem sobre um noivado. A ideia é fazer a história dos noivos, com entrevistas aos pais, irmão, amigos e outros familiares, e oferecer jornais em vez da tradicional recordação de casamento. Este modelo será em Preto e Branco a imitar o clássico. Por conta própria, haverá um ardina a entregá-los no dia da cerimónia. Paralelamente, os noivos querem um "documentário" para passar no dia do casamento, com testemunhos e música. Inspire-se. Peça-nos preços e abrilhante o dia mais importante da sua vida.

 

Projectos especiais

Todos os projectos que nos entregam são uma dádiva. Todos, sem excepção. Mas o Projecto Cyrano compraz-se em poder ser o intermediário de fabulosas histórias de luta, coragem e determinação. Seja por um filho, uma causa, uma crença. Por isso, temos sorte por ter em mãos mais dois desafios únicos. Porque, para nós, todas as pessoas são especiais, sobretudo as que conhecem o significado da palavra entrega.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jornalismo a fingir

Para publicação em formato A3 e oferta a familiares no Natal. Leia um trecho de uma das reportagens  que o cliente pediu que fossem ficcionadas:


"Mais uma polémica envolvendo a família Silva. Depois de o Projecto Cyrano (PCy) ter publicado, em 2009, a saga de centenas de munícipes que se viram obrigados a enfrentar um estado caótico que durou toda a noite até ao cantar do galo, na sequência de uma celebração festiva em casa de um dos familiares, eis que, este ano, até a Protecção Civil e a PSP já foram chamadas a intervir sobre uma ameaça real, pois crê-se que os Silva planeiam juntar-se na ceia de Natal.
Embora haja grandes enigmas e incertezas ao redor deste acontecimento, o PCy conseguiu um exclusivo com um dos elementos da família, que não quis identificar-se publicamente, mas aceitou o nosso suborno para levantar um pouco o véu sobre o que poderá suceder nessa noite desavinda. Se tudo correu mal para as autoridades e para todo o concelho, eles estão, neste momento, juntos a enfardar bacalhau e arroz de polvo, situação que só poderemos confirmar na nossa próxima edição. Mas, na presente edição, todos os sinos dobram para que não se confirmem as piores previsões (...)".

*Nomes alterados para não se identificarem os intervenientes.  





terça-feira, 19 de outubro de 2010

Conto S.M



Mil beijinhos de longe
(...)Depois, todas as tardes, os dois meninos iam até junto de uma árvore de tronco muito grosso e faziam um risco leve com uma pedrinha. Um risco meigo para não magoar a árvore, coitadinha. Cada risco, um dia. Mais um dia que passou. Em breve, os pais vão chegar para uma visita. Depois voltam a ir embora por mais uns tempos, mas não vale chorar na despedida Basta abraçá-los com muita força para o abraço ir com eles. Um dia eles vão voltar e não vão mais embora.  É uma promessa. Até lá, temos de lhes dar um grande xi coração. Os pais gostam muito do cheiro dos filhos. Gostam de o levar para todo o lado. É um cheirinho a roupa lavada e amor. Sim, o amor também tem cheiro. É quando a gente sente um aroma que nos faz felizes. Pode ser a caramelo ou a pêssego ou simplesmente um calor bom, o champô dos cabelos ou o toque da bochecha junto à boca que cheira a bolacha. O amor é bom, cheira bem e está sempre junto de nós(...)".
          

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Encomendas para 2011

O Projecto Cyrano não está a aceitar mais encomendas até ao Natal, mas sugere aos interessados que peçam os seus preços já a pensar no próximo ano. Planeie, poupe se for o caso, ofereça o presente de uma vida a preços democráticos. Ofereça um brinde original no seu casamento, pedindo a cobertura jornalística ou criativa do evento, encomende poemas para as mesas com a sua história de amor única. Vá mais longe e peça-nos para narrar por si aquele momento sublime ou difícil, aquilo que quer escrever e lhe faltam as palavras, a sua história pessoal ou a biografia da sua família. E não se esqueça que escrevemos contos personalizados para o seu filho, com capa ilustrada exclusiva, fotos e desenhos do seu tesouro mais precioso. Se tem trabalhos para entregar e quer que alguém os reveja, blogues ou diários para transformar em livros, nós poupamos-lhe o trabalho e fazemos tudo por si. Contacte-nos através de projectcyrano@gmail.com