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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Projecto Cyrano

Está prestes a fazer mais duas crianças felizes. Escrito por Denisa Sousa e Ilustrado por Rita Correia.

É dos que diz

"Estou mais ou menos", "Vai-se indo", "Nunca pior"? Reveja o seu discurso. Há sempre, sempre pior. E, não querendo relativizar as dores de ninguém, as fases "mais ou menos" são boas. Nós é que queremos sempre mais. Nas coisas das emoções, não há perfeição. Só a busca incessante e activa pelo bem- estar. Portanto, quando lhe perguntarem como vai, responda: "Nunca estive melhor". O Universo costuma ir atrás do seu bom- humor. Não acredita?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Estamos ansiosos

por lhe mostrar dois novos livros, com capa personalizada pela Rita Correia. Um para crianças, outro para um adulto. Histórias maravilhosas, soberbamente ilustradas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E depois há as histórias que nos sacodem a alma

Histórias que merecem um novo saque musical. Há dias em que se conjugam todos os elementos. A vida real e a arte. E nos fazem sentir arrepiadas com os

DESENCONTROS

E com a capacidade de o Universo os transformar em


ABRAÇOS

Mesmo que muitos anos depois.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cozinhar


é também um acto de amor. Uma arte. Um motivo de união. Uma ponte para as sensações. Para as memórias. Pode ser a comida da sua mãe, da sua sogra, da sua tia, do seu pai ou da sua bisavó. Cozinhe qualquer coisa diferente este fim-de-semana. Vá ver o mar e prepare isto quando chegar a casa, mesmo que a chuva caia do lado de fora da janela. Não pode estar sempre a adiar o bem- estar. A alegria não engorda, a comida é que sim. Coma saladas felizes no resto da semana.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As perdas dos outros*

(...)"A minha irmã estava deitada em cima da mesa, como era costume naquela altura, com um vestido branco, um laço cor- de-rosa e um lenço castanho a segurar-lhe os queixos.  Pegaram em mim ao colo para lhe dar um beijinho. Lembro-me de estar na Igreja de pensar que o ramo mais bonito para a minha irmã era o meu. Depois disso, foi o que se esperava quando morre uma criança tão pequena. Trocaram-se acusações, disseram-se coisas movidas pela dor. O meu pai passou a beber bastante e passava as noites nos cafés. Soubemos depois que muitas vezes acabava a noite no cemitério, junto da campa da minha irmã. Deixou crescer a barba, desleixou-se.  Depois teve de emigrar e nessa altura chegámos a dormir os três com a minha mãe, todos na mesma cama. Lembro-me que rezávamos o anjo da guarda todas as noites para que nos protegesse"(...). 

*Também nos comovem. 

Testemunho em elaboração.

E quando acordamos zangados?

Com vontade de dizer umas coisas a alguém? Faça nada. Espere que essa pessoa acorde e lamente apenas se isso nunca acontecer. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dizem que hoje se celebra o amor*

"É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
 

Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
 

Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
 

Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nossos lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro".


Pablo Neruda


*Seja.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Chegue-se aqui

Não diga, não pense nada. Construa castelos no ar. Deixe-se estar um bocadinho, recostado na cadeira a olhar o vazio. A janela. As pessoas que deambulam. As árvores tão quietas. A cara do seu colega da frente. O monte de papéis.O ecrã do computador. Depois vá olhando para dentro, veja-se do avesso, pegue num paninho do pó e vá sacudindo das prateleiras os pensamentos mais escuros.


Encha-de de nuvens.

Encha-se de luz.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não há morte: a vida é que chega ao fim*

- Sei lá. Soprei-te saúde quando, em bebé, eras frágil. Empurrei-te as costas noutro sentido quando aprendias a andar de bicicleta e te dirigiste a um abismo. Pus-te as mãos por baixo quando tiveste aquele acidente de carro. Ajudei a curar-te as doenças e as tristezas da meia- idade. As perdas, as alegrias, as maravilhas, os encantamentos, as seduções, os sim e os não.

-E então, isso faz de ti o quê? És deste mundo?

-Não sei, diz-me tu. 


(...)


*Título inspirado num qualquer autor de que não recordamos o nome.


**Conto para um homem especial.

As coisas que aprendemos perto dos trinta anos (ou depois)

Às vezes é o próprio Universo que depura a nossa vida. Outras temos de ser nós a fazê-lo. Como? Reciclando. No vidrão, coloque as coisas opacas e pouco transparentes, os vidros partidos, com rachas ou afiados que possam magoar-nos e já não possam ser reutilizados. Deite fora os frascos que já tiveram coisas boas dentro, mas que doravante, possam servir para se encher de outras coisas boas na casa de outras pessoas. No papelão, deite fora as cartas que já não quer ler, as multas, os bilhetes não premiados do Euromilhões e da lotaria, as palavras que o feriram, os insultos que alguém muito infeliz possa ter proferido (porque quem insulta é sempre muito, muito infeliz), deite fora as insinuações, os desconfortos, as mentiras, livre-se de tudo sem olhar para trás. Como estamos perante a era digital, deite simbolicamente fora todos os emails dúbios e as frases que nada de bom acrescentaram à sua vida. Pegue nas postagens do Facebook que lhe desagradam e, sem olhar, tire-as da sua vida, proteja-se, mure a sua felicidade. Não precisamos de saber tudo, ver tudo, ler tudo. Há coisas que simplesmente não nos interessam. Há muitas, muitas coisas que só nos fazem sofrer e não convém esgotar a nossa capacidade de nos solidarizarmos com a dor alheia. No lixo orgânico, deite fora os amores mal resolvidos, os beijos que deu e não quis dar, os beijos que não deu e quis dar, deite fora aquela parte do seu coração que alguém fez secar. Não se esqueça, por cada dez pessoas que não gostam de si, há cem que gostam; quando é ao contrário é que é de preocupar. Livre-se das lágrimas, das que chorou inutilmente e, de todo o lixo deitado fora, guarde só as partes boas. Guarde-as, não as menospreze. Todas as dores têm partes positivas que pode reutilizar no futuro. Por último, chame os serviços para lhe levarem os chamados "monstros", aqueles que nenhum caixote pode suportar e não podem ser colocados na Natureza pura porque a sujam e a contaminam. E agora, respire fundo. Além de todos os tesouros que já tinha antes e que guardou com carinho,  a sua vida está, provavelmente, muito melhor, cheia de emoções novas, espaço para outras coisas, pessoas, sentimentos, outros beijos, emails, amizades. Viver é isto e nada mais do que ISTO.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A vida

é como uma colagem de pequeninos mosaicos, cada um representando um momento. São os mais simples que mais nos emocionam, dizem. O que acha?