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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Há coisas que nos inspiram a ser melhores

Pode ser uma música, uma pessoa, um gesto. Pode ser um quadro, uma pintura, um livro ou um poema. Há dois caminhos para nos reencontrarmos connosco e agarrarmos o fio do novelo que nos guia pelo desconhecido: a arte e a Natureza. Se duvida, ouça ISTO  enquanto lê isto:


Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
 
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples facto de respirar. 
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


*Este poema faz-me lembrar um mail falsamente atribuído a Gabriel Garcia Marquez, que corre mundo e é citado como se fosse dele. Com este sucedeu o mesmo. O Projecto Cyrano encontrou-o hoje num site de poemas e publicou-o, julgando tratar-se de uma reflexão, embora reconhecendo que o estilo não se assemelha muito aos poemas de Neruda. É a curiosidade que nos move, portanto pesquisámos e confirmámos o que a nossa intuição nos dizia. Este texto não é dele. Deixamo-lo ficar na página, porque nos serve à música e ao que queríamos transmitir hoje.

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