contam e muito. Sejam sobre assuntos importantes como nas coisas banais do quotidiano. Podem doer, desiludir ou impelir alguém em diversos sentidos. Podem ser a gota de água para um "vou lutar", para um "vou melhorar", para um "vou continuar", como para um "vou desistir", um "não valho nada" ou um "ninguém tem apreço por mim". Dos humores de cada um, cada um sabe, mas ninguém lucra nada se tornar pior o dia de outra pessoa. Há, curiosamente, muita gente a fazê-lo por sistema. Ignorando um pedido, virando costas a um gesto, evitando palavras de cortesia, incentivos, sorrisos. Implicando, contrariando, menorizando. Há todo um catálogo à escolha. Há também quem enfie a adaga nos rins dos outros, por omissão. Há os confrontos directos e as ironias malévolas, as mais desconfortáveis de toda a porcaria desnecessária da tabela interpessoal. Não precisamos de ser psicólogos ou conselheiros sentimentais para perceber que, com isto não se lucra nada, a não ser um qualquer gosto obscuro de ver a humilhação estampada nos olhos dos outros, fracos ou fortes. Quer estes façam por nos ignorar ou não. Seja como for, independentemente de como as nossas vítimas encarem a nossa azia, os nossos reparos e as críticas ácidas sobre coisa nenhuma, é lixo comunicativo. Lixo social. E este tipo de detritos valem zero, assim como as pessoas que, pelas mais diversas razões, têm necessidade de desconstruir os outros. De lhes pesar sobre os ombros.
Posto isto, respiremos fundo antes de sermos parvos.
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