Tomás, o menino- inventor
Lá longe, umas nuvens muito pretas começaram a tingir o céu. Vinha lá uma tempestade. As ondas revoltearam-se como monstros. Ninguém pode molhar os pés, saltar nas suas cristas ou rolar na espuma. O mar é perigoso assim. É mesmo muito perigoso, não é assim- assim. Começou a chover. Ping Ping Ping. Depois já era um shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh muito alto. Estava armada a confusão no céu. Os barcos desnorteados não sabiam para onde ir. Não se via um palmo à frente do nariz da neblina pousada ao longo do horizonte, lá ao fundo onde o sol se põe quando está bom tempo. Os meninos que brincavam na praia recolheram a casa, assustados. As mulheres rezaram para que os pescadores regressassem bem. Na linha da praia, onde as ondas se espreguiçam e dão beijinhos, apareceu uma luz. E outra e outra e outra e outra. Uma fila de luzes a tremer, que serviu de guia aos barcos de pesca.
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